sexta-feira, abril 21

indissociável



Assim nascem as cores: de fora das coisas para dentro da nossa memória.

quinta-feira, abril 20

lições

eu vou fechar as mãos com a força de quem chora e esquecer que o mundo é o mundo de quem o diz. e eu digo o meu nome com a mesma certeza com que embarco nos teus olhos. eu digo o meu nome com toda a crença que me fizeram ter. mas na tua boca o meu nome é sempre outro cântico. na tua boca eu esqueço o aprendido e desacredito o mundo, nunca tão doce como nos teus lábios. ninguém me ensinou que o mundo podia ter o tamanho da tua ternura. ninguém me ensinou o que era o amor.

quarta-feira, abril 12

redenção

felizmente há um abraço que me salva sempre. duas mãos que me levam ao céu. um beijo que transporta vida. e para ti eu corro para qualquer parte, só para te encontrar.

assaltos

eu gostava dos meus dentes de leite, mãe. quando os perdia chorava - mesmo que não doesse - e caía um pouco com eles. pouco a pouco com o passar dos anos aprendi que um coração terno não serve para enfrentar assaltos, oferecer vida. eu quero um coração forte, mãe. quero um coração forte e não quero mais chorar quando me perco nestes degraus.