Jogos de palavras
Ao acaso, várias personagens além de eu própria. Contem-se quatro.
Vibro no silêncio da promiscuidade. Vem o vento que nem um soco e transforma-me em carnaval. - Existe um canto alegre dentro do meu sapato, bebo um copo e rodo o meu pé com destreza para esquecer a minha tristeza. - Na promiscuidade do silêncio ouve-se o soco adúltero do carnaval. - Reparo no reflexo do espelho. O fumo do cigarro contorna as páginas do livro. O telefone toca... és tu?! - Num belo dia de merda tirei esta fotografia, uma saia vermelha num rabo escondido. - A fobia do mundo é um jogo de azar. - Se um sapato tomba na pele do alegre, não é destreza... é o copo que transborda. - Eu sou o silêncio sem promiscuidade. – Espremi um limão e bebi o sumo da saudade. Sorridente, brindei à ilusão do homem. - Bebi um copo e fiquei alegre, mas sem a destreza de tirar o sapato. - Gosto de um jogo sem a fobia do azar. Senão fico mudo.
Se te disser que te conheço, minto. Fazem-me falta os teus olhos.