domingo, setembro 27


talvez um dia eu consiga explicar-te 
que de todas as coisas particulares, 
há aquelas que permanecem: 

o sol 
a bater nos teus ombros 
suave e docemente, 

o teu sorriso 
enquanto pergunto 
se posso beijar-te, 

os teus lábios, 
infinito íman de carne em chama 
e abismo, 
de onde sempre me lanço 
em queda livre, pelo teu corpo 
pele na tua pele 
infinito no teu infinito. 

lá fora, há uma lua 
que de tão cheia se prepara para entornar ternura.