talvez um dia eu consiga explicar-te
que de todas as coisas particulares,
há aquelas que permanecem:
o sol
a bater nos teus ombros
suave e docemente,
o teu sorriso
enquanto pergunto
se posso beijar-te,
os teus lábios,
infinito íman de carne em chama
e abismo,
de onde sempre me lanço
em queda livre, pelo teu corpo
pele na tua pele
infinito no teu infinito.
lá fora, há uma lua
que de tão cheia se prepara para entornar ternura.