segunda-feira, novembro 28

recompensa


Pouco a pouco, o inverno encobre-se no meu corpo num ninho de frio até ao alvorecer, e aos meus pés a indiferença é vaga.
Haja talvez um sonho que me acorde veementemente e suavize a tristeza que assolou o teu nome e letra a letra o mascarou com o nome do demónio. Para que todos os rostos se apaguem e eu me apague de mim, para que nunca mais seja a quem a minha tristeza não serve.
Para que um dia, quando o escurecer for quente e já não houver mais ninhos, possa ser eu a indiferença e estranhar a tua dor.