sexta-feira, dezembro 30

jus

porque os meus dias se encheram de ti, e não consigo calar o coração em chama. se todos os nós que me atravessam permanecem sem querer. e sem querer penso, sem querer penso e aqui habito como estrela violenta nos lençóis da carne, a arranhar as horas e os relógios em volta. nunca vi a noite. hoje sei que o tempo se desdobra em tempos equivalentes à espera. não existe noite. e tu vives no meu ventre sem os corpos em volta, sem matéria inepta. a ti, nada é merecedor. e só para ti viverei num livro onde o mundo não entra.