domingo, dezembro 25

praevisu


voluptuoso o céu das minhas noites, onde tudo é cinzento à tua ausência. estás tão longe e tão perto do âmago de tudo aquilo o que sou - onde habitas desde que disseste o meu nome. e lembro-me bem dos teus olhos e das centelhas que emanadas persignavam o meu rosto - tânia, dizias tânia - e aos teus lábios o meu nome era um cântico doce, nos teus lábios o meu nome ainda é um mundo novo de melodias desconhecidas onde o efémero não tem lugar. e mesmo à distância eu consigo ouvir o som terno da tua voz a dizer tânia, tânia com todas as letras como nunca ninguém disse - posso até ver os teus olhos e prever o movimento das tuas mãos, o que vais dizer a seguir - e ouvir no meu corpo o poema que escrevi na tua boca.