quarta-feira, julho 12

L
devagarinho esperei que o poema surgisse. tenho ideia de te ter dito que o amanhecer era contínuo, e de em corrente me teres abraçado a mão. vou amar-te para sempre, disse. vou escrever-te todos os dias para dentro de ti aquando o fluxo dos teus olhos. vou escrever-te todos os dias mesmo sem dares conta, quando amanheceres, quando adormeceres, quando me amares. e ternamente repetir o abraço que nos oferece vida. nem que só da noite seja feito o dia. nem que as nuvens caiam e embaciem todos os caminhos. vou amar-te para sempre, e num único percurso permitir que o tempo nos ofereça a eternidade.