quarta-feira, setembro 29

shadows


já não tenho o silêncio
caio à noite exausta nos lençóis
e sonho a tua pele o rosto as mãos
já não tenho o silêncio
e acordo sempre no vazio
os olhos colados em metamorfose
a carne quente inconstante treme
a janela que não abre para o rio
já não tenho o silêncio
e o teu nome agarra-se ás fotografias
o teu nome a memória as horas
e de repente tudo some
o teu nome o silêncio
já não tenho o silêncio
e tudo se desfoca