domingo, novembro 9

Darkness


I couldn't see darkness until now


Por vezes, quando as palavras nos enfurecem e atravessam que nem setas, tapamo-las com panos quentes - cobrindo também o coração - como base sobre olhos mal dormidos, sorrisos fingidos, máscaras de carnaval.
Às vezes esquecemo-nos que tudo o que é nosso existirá sempre, mesmo não visível aos sentidos. Sempre, sempre lá - não adianta tapar, esconder - e mesmo o amor, mesmo todas as coisas que não nos pertencem (mas por alguma razão fazem parte de nós) serão sempre o que são no seu lugar cativo. Mesmo mais, ou menos, serão sempre.
Escondê-las e observá-las entregues ao tempo não serve de nada, a não ser para simular setas e panos quentes, iludindo-nos com tantos disfarces.


Isto tudo como quem diz: Não vi o eclipse da lua.
Quando quiser fecho a janela - melhor - os olhos.