sábado, outubro 22

et tes yeux, et tes mains, sont tout que je trouve dans la nuit


Gostava de poder escrever os teus lábios e as linhas negras que te pintam o corpo, e que tantas vezes encontro projectados na noite. Escrever e eternizar os teus olhos em assalto aos meus na luz ténue do teu quarto. Ou o momento do silêncio focado no tecto, quando sorri e te acusei de sentires a falta dela - quando te abracei e admiti também não saber do esquecimento - e consentimos na ternura a persistência da memória. Escrever. E então, para que o destino nunca se esqueça do caminho que nos fez cruzar, que só isso fique escrito.