sexta-feira, agosto 22

Sat on the roof - a minha consciência e tu

Bem, isto não faz sentido nenhum.
Às vezes tenho a sensação que sou mais uma vagante da vida, outras que estou a curtir todos os momentos. Agora é uma despreocupação total. Eu sei que me olhas de lado, que apostas que um dia acordo e dou um tiro nos cornos, mas eu ando pelo mundo e cada vez mais quero chegar onde tu nunca chegaste. Não sabes já como sou? A verdade é que provavelmente não sabes mesmo, de há dois meses para cá que até eu me estranho a mim própria: sei quem sou mas não faço ideia de quem era. É estranho não é? (aposto que estás a abanar a cabeça) Confia em mim, i’m happy this way. Às vezes tenho dúvidas, claro, principalmente quando adormeço com um bloco ao lado e, merda, de manhã acordo e não escrevi nem uma única linha. Mais estranho ainda é que tenho sonhado como nunca, já nem preciso de fechar os olhos. E o mais ridículo é que a maior parte das vezes que falam comigo eu não oiço nem uma palavra. Não penses que é propositado, sou só eu que não consigo mais segurar as asas do pensamento. Não dou conta por onde, nem para onde vou, mas quando volto não me apetece contar a ninguém o que vi. Então guardo as palavras só para mim, certa de que morrerão comigo. Egoísmo? Talvez fosses tu a não compreender o meu voo. Deixa, confia em mim e não perguntes nada. Não há razões. Posso, unicamente, pôr as culpas no destino, pois não imaginava que fosse tão incerto – já não falo para ti, mas para uma partida do destino – e quer isto dizer: olha para ti; estiveste sempre aí; por onde andava eu?
Que horas são?
Gosto de ti.
Estás a ver como não existe sentido?