quinta-feira, setembro 29

(sin)


Tocava-me, inconsolavelmente tocava-me à espera de um entendimento, como se as manhãs fossem campos lavados de orvalho que, ao aparecer da claridade, vislumbrassem a purificação. Ou, como se da escuridão surgisse o engano e nós, sedados do sono, pudéssemos seduzir o destino.
Sem tempo ou espaço para um corpo nu – e não era aquilo - uma pele branca isenta de paisagens, sem entendimento. Não era aquilo. Não era aquilo e quando veio a noite veio o arrependimento. Como se fosse pecado o adormecer de um corpo, que não o teu, onde tantas vezes te amei e tu nunca me amaste.